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terça-feira, 16 de abril de 2013

Mamãe, posso dormir com você?

Postado por Julianna Fontenelle às 14:26
Aqui no Brasil ainda não há uma estatística exata, mas na Europa, como um todo, cerca de 40% dos pais deixam seus filhos dormirem com (entre) eles, e nos Estados Unidos, desde 1978, com o lançamento do livro "The Family Bed" de Thine Thevenin, que incentiva a colocar a criança com a mãe desde pequenina, para facilitar a amamentação, os índices também têm se mantido nessa mesma média. Os americanos chamam de cama familiar ou "co-sleepers". O princípio é simples: ao nascer, a criança dorme na cama de seus pais até que ela mesma decida, geralmente em torno de 6 anos, se vai dormir em outro lugar, ou seja, em um quarto só dela. Supõe-se a afirmar a sua própria autonomia, como se fosse uma "libertação".  
Um recém-nascido ter seu bercinho no quarto dos pais para uma vigilância melhor e para facilitar as várias vezes que ele chora pra mamar ou troca de fralda é bastante justificável. Mas, desde cedo a criança precisa de construir sua própria autonomia. Precisa ter momentos para testar sua coragem. Precisa ter oportunidades para inciar o desenvolvimento de uma certa independência. Lugar de criança é em seu berço, ou cama, no seu quarto. Quanto mais tarde for tomada essa decisão, mais difícil vai ser para a criança e mais ainda para os pais.
Uma terceira pessoinha no meio do casal não prejudica apenas o relacionamento desses, como também o desenvolvimento emocional da criança. O que geralmente é usado como justificativa pelas mães, em sua grande maioria, é que não atrapalha em nada a intimidade do casal e que tanto o pai como a mãe adoram ter os filhos por perto. Acontece que o que eles não vêm é o mal que fazem aos filhos. A dependencia e insegurança que podem desenvolver no futuro. Então eu mesmo poderia dizer, minha tia criou os filhos dormindo com ela até quase 6, 7 anos e são decididos e excelentes em suas vidas pessoais e profissionais. Mas, é um caso entre vários outros que desenvolvem o negativo da situação. Você vai querer arriscar? Logo com seu filho? Eu não.
Alice dormiu comigo até os 6 meses, variando entre a cama e o berço. Depois disso passou apenas ao berço, no meu quarto. Mas com dois anos e meio ela dormia na sua caminha, no seu quartinho. Não vou dizer que depois disso ela nunca mais dormiu comigo. Dormiu sim. Várias vezes. Mas, não é uma constante. Uma vez em cada 2 ou 3 meses. E sempre deixo bem claro, "-Amanhã, vai pra sua cama." E é o que acontece no outro dia. 
Hoje faz uns dez dias que ela está tentando dormir de luz apagada total. Ainda acorda de madrugada e se assusta com escuro. Mas, sei que com calma vamos conseguir. 
Para as mamães e papais que estão tentando tirar os pimpolhos desse hábito, vai aí 10 dicas que achei no terra:

Confira 10 dicas para fazer seu filho dormir sozinho

Os pais precisam colocar limites e não ceder a manhas dos pequenos Foto: Getty Images
Os pais precisam colocar limites e não ceder a manhas dos pequenos
Foto: Getty Images

Lugar de criança é na cama dela e no quarto dela. E essa atitude deve começar desde cedo, ainda bebê. Parece um sonho? Se o seu filho teima em dormir no meio do casal, pare agora, antes que o sonho vire um pesadelo. "Quanto mais tempo a criança dormir com os pais, mais difícil será tirar esse costume", disse a psicóloga Angélica Capelari, da Universidade Metodista de São Paulo. Comece, portanto, a aplicar as dicas da professora de psicologia para evitar problemas no futuro. Para a criança e para o casal. Não é fácil, requer paciência e perseverança, mas vale a pena.
» Criança na cama dos pais pode revelar problemas no casamento 

1-
A partir dos seis meses já é possível deixar o bebê dormindo sozinho no seu próprio quarto. Só será preciso levantar durante a madrugada para as trocas e eventuais mamadas noturnas. É claro que deixar o bebê na cama dos pais pode ser mais cômodo para eles, mas a especialista garante que é bem mais fácil espantar a preguiça agora do que ensinar a criança - já maior - a dormir no seu próprio quarto.
2-
Os pais podem se revezar nessa tarefa, já que não é fácil levantar no meio da noite, com sono, cansado e, às vezes, com frio.
3-
Se o filho já está acostumado a dormir no meio dos pais, é hora de reverter a situação. A rotina pode ser uma grande aliada, portanto imponha um horário para a criança e vá preparando a casa momentos antes: diminua as luzes, desligue a TV e aparelhos de som e feche as janelas. Assim a criança vai entrando num ritmo menos acelerado, mais propício ao sono.
4-
Coloque regras que possam ser cumpridas. Não adianta dizer à criança que ela precisa dormir às 21h, mas a casa continua agitada.
5-
Nada de deixar a luz principal do quarto infantil acesa. Se precisar, use abajur, bichinhos ou tomadas iluminadas. Assim também fica mais seguro se caso a criança levantar no meio da noite.
6-
A hora de dormir deve ser um momento prazeroso. Os pais podem contar histórias, colocar músicas suaves e conversar sobre a rotina do dia até a criança dormir.
7-
Essa transição não pode ser traumática para o filho nem para os pais. Portanto, eles devem ficar no quarto. Nos primeiros dias, deitados com a criança até ela dormir. Depois, sentados. E, por fim, permanecer na porta para dar boa-noite. Ou seja, vão saindo de cena aos poucos, para a criança se sentir segura e eles não acharem que estão abandonando o filho.
8-
Os pais precisam colocar limites e não ceder a manhas. Se ceder uma vez - por frio ou doença -, a criança aprende que os pais cedem e vai repetir a manha sempre, não importa onde e em que situação. É essencial não ceder a choros, súplicas e chantagens: ela deve ser colocada de volta na sua cama sempre que necessário. Uma hora ela desiste.
9-
Se a criança acorda no meio da noite e pede para dormir com os pais, é bom investigar as causas. Se ela está doente, deve continuar no quarto dela recebendo os cuidados necessários dos pais. Se está com medo, vale dar um passeio pelo quarto infantil, abrir armário e gavetas, olhar debaixo da cama e observar cada cantinho para mostrar que não existem monstros nem fantasmas. Mas, nunca a criança deve voltar para a cama dos pais.
10-
Um pedido para os pais deixarem o filho dormir entre eles, sem desculpas (medo, sentimento de abandono, doença fictícia), pode ser acatado eventualmente, mas é bom deixar claro que é por um tempo limitado e a criança vai voltar para a cama dela.

       

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